Depois de aceitar o convite para assumir o Ministério da Justiça, o deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR) afirmou nesta quinta-feira que acertou com o presidente Michel Temer o compromisso de manter “distância” da Operação Lava-Jato. “A ordem é manter distância (da Lava-Jato), porque a gente sabe que qualquer coisa que você faça, você se contamina, então é pra deixar pra lá”, disse Serraglio. O novo ministro da Justiça disse ainda que vai garantir a continuidade dos recursos financeiros destinados à Operação Lava-Jato para que as investigações continuem.
“No que depender de nós para que a Operação Lava-Jato tenha o êxito que a população espera, pode contar, que nós tomaremos as providências necessárias”, afirmou. Serraglio disse ainda que pretende manter o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Leandro Daiello Coimbra, no cargo. “A menos que ele pretenda deixar o cargo. De minha parte, nenhuma restrição e só elogios”, pontuou Serraglio. Delegados pressionam pela troca de Daiello. A nomeação e as declarações de Serraglio ocorreram no mesmo dia em que a PF deflagrou nova fase da Lava-Jato para investigar esquema envolvendo lideranças do seu partido.
Relações Exteriores A inesperada saída do senador José Serra (PSDB-SP) do Ministério das Relações Exteriores (MRE) movimentou o jogo de divisão de cargos na Esplanada.
Na lista dos técnicos cotados, estão o secretário-geral do Itamaraty, Marcos Galvão; o assessor internacional da presidência, Fred Arruda; o embaixador do Brasil em Washington (EUA), Sérgio Amaral; e o diplomata Rubens Barbosa. Entretanto, a tendência é de que seja mais uma indicação política. Entre os nomes estão o senador Aloysio Nunes (SP), José Aníbal (SP), Tasso Jereissati (CE), Antonio Anastasia (MG) e Ricardo Ferraço (ES).
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