Marcelo foi preso em junho de 2015, no âmbito da Operção Lava-Jato, acertou delação premiada, e deve permanecer na carceragem da Polícia Federal em Curitiba até o final deste ano.
O ex-presidente da Odebrecht detalhou que tinha contato frequente com o alto escalão do governo. "Eu não era o dono do governo, eu era o otário do governo. Eu era o bobo da corte do governo", disse Marcelo.
Ele também se mostrou incomodado por divergências com seu pai, o patriarca e presidente do Conselho de Administração do Grupo Odebrecht, Emilio Odebrecht, quanto a projetos em que a empresa apoiava o governo.
O ex-presidente da empreiteira foi ouvido pelo ministro Herman Benjamin, relator da ação que tramita no Tribunal Superior Eleitoral e investiga a chapa formada por Dilma e Michel Temer na campanha eleitoral de 2014.
No depoimento, Marcelo Odebrecht falou ainda sobre a "naturalidade" do caixa 2 em campanha eleitoral, defendeu a legalização do lobby e deixou claro que a Odebrecht não era a única empresa a usar doações para conquistar apoio político. O caixa 2, segundo ele, envolve pagamento de propinas..