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Estado de Minas

Planalto rebate críticas sobre reformas no Palácio da Alvorada

Em nota divulgada na noite desta quarta-feira, assessoria do Palácio do Planalto informa que não houve reformas no Alvorada para receber o presidente Michel Temer e a família, que acabaram retornando ao Palácio do Jaburu


postado em 01/03/2017 22:36

Vista panorâmica dos palácios do Jaburu (E) e da Alvorada(foto: Ichiro Guerra/PR )
Vista panorâmica dos palácios do Jaburu (E) e da Alvorada (foto: Ichiro Guerra/PR )

A assessoria do Palácio do Planalto divulgou nota, na noite desta quarta-feira, rebatendo críticas a respeito de mudanças feitas no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, para abrigar a família do presidente Michel Temer (PMDB). Diz a nota, que o Alvorada, prédio público tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), "não passou por reformas". De acordo com o texto, o que ocorreu no local foram "foram serviços de manutenção e reparo". (leia abaixo a nota)

A polêmica em torno do assunto foi ressuscitado também nesta quarta-feira, depois que o presidente e família decidiram, depois do recesso do carnaval, voltar a morar no Palácio do Jaburu, destinado aos vice-presidentes da República. A decisão ocorreu uma semana depois de eles terem se mudado para o Palácio da Alvorada. "O presidente não se adaptou ao local, achava tudo muito distante e pouco conseguia ver o filho", afirmou um assessor presidencial.

Quando regressou nesta terça-feira de Salvador, onde passou os feriados do carnaval na Base Naval de Aratu, Temer já foi direto para o Palácio do Jaburu com a família. "O presidente não gostou de lá, achou muito frio", prosseguiu o interlocutor. Para o presidente, o Jaburu "se parece muito mais com uma casa comum".

Polêmica


A ida da família presidencial para o Jaburu causou uma enorme polêmica por conta da instalação de uma tela de proteção na varanda do quarto que foi reformado para receber o menino no Alvorada. A reforma custou R$ 24.015,68, segundo informou a Secretaria de Governo ao Estado.

A obra foi criticada pelo ex-curador do Alvorada Rogério Carvalho que classificou a iniciativa como "uma barbaridade deplorável". Ele disse à reportagem que o Palácio da Alvorada "é um símbolo nacional e não pode ser desfigurado como foi". Carvalho lembrou ainda que o ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama quando se mudou para a Casa Branca tinha uma filha na idade do filho de Temer, sete anos, e nem por isso modificou a fachada da residência presidencial norte-americana.

Tela


A instalação da tela foi autorizada pelo Iphan. A permissão dizia que a instalação é "em caráter temporário" e foi dada para atender a questões de segurança, desde que "nenhum elemento de fixação poderá utilizar as superfícies revestidas em pedra (mármore)". A área onde foi instalada a tela fica no segundo andar do Alvorada, onde está a parte íntima da residência. Ali existem seis quartos, que sofreram mudanças para receber a família.

Outra queixa frequente do presidente é que o menino, "que é muito danado", de acordo com um assessor do palácio, "some a toda hora", deixando seguranças e a avó, que fora morar com a filha Marcela e o presidente, preocupados. Para receber a família, além da tela, foram reformados armários do local.

Leia a íntegra da nota divulgada nesta quarta-feira pelo Palácio do Planalto

"O Palácio da Alvorada não passou por reformas para receber a família do presidente da República, Michel Temer. Como todo prédio público tombado, o Alvorada recebe periodicamente serviços de manutenção e reparos. Os últimos, envolveram pintura geral do prédio, salas, pisos e reparos em armários. Da mesma forma, o Palácio do Jaburu passa por manutenção periódica. Reparos estão sendo feitos na parte elétrica, de marcenaria e refrigeração."


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