Temer decidiu assumir a frente da articulação política do governo para garantir a aprovação da proposta após parlamentares da própria base terem criticado o texto enviado pelo governo e sinalizado que fariam mudanças no projeto.
Para o Palácio do Planalto, são consideradas cláusulas "pétreas" da reforma pontos como a fixação da idade mínima de 65 anos para a aposentadoria de homens e mulheres e as regras de transição.
Após o encontro, o líder do PSDB na Câmara, Ricardo Tripoli (SP), disse acreditar que o projeto será aprovado com algumas alterações, mas mantendo a essência do texto.
Reservadamente, porém, deputados afirmaram que será difícil passar o texto do jeito que está.
O próprio relator da reforma, deputado Arthur Maia (PPS-BA), tem defendido que as regras de transição são muito abruptas. Pela manhã, ele esteve com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para apresentar os pontos que os parlamentares gostariam de alterar no texto.
Durante o encontro, Temer afirmou que a equipe econômica, incluindo Meirelles, esta à disposição dos deputados para tirar dúvidas e debater ponto a ponto do projeto. O presidente pediu para que os líderes reúnam as suas bancadas para discutir o tema.
Nesta terça-feira, por exemplo, Meirelles já tem um encontro marcado com parlamentares do PMDB. Pelo cronograma do governo, a reforma da Previdência deverá ser aprovada na Câmara até maio..