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Estado de Minas

Ex-funcionário da Odebrecht afirma que setor de propina movimentou US$ 3,3 bi


postado em 07/03/2017 21:25 / atualizado em 07/03/2017 21:32

Ex-diretor do Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht, que ficou conhecido como o departamento de propinas, Hilberto Mascarenhas disse nesta segunda-feira, em depoimento ao ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral, que o departamento da empresa movimentou cerca de US$ 3,39 bilhões entre 2006 e 2014 em pagamentos ilícitos.

Segundo o ex-funcionário da Odebrecht, deste valor, entre 15% e 20% foram destinados para financiar campanhas eleitorais via caixa dois. Os valores giram em US$ 500 milhões e US$ 680 milhões. O restante, afirmou em depoimento, era usado em pagamentos de propinas.

Ele foi interrogado numa ação que pode resultar na cassação da chapa da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e do presidente Michel Temer (PMDB). Mascarenhas fez a revelação quando explicava a quem e como eram repassados recursos de propina a políticos e partidos. Ao dizer que não lembrava o codinome de todos os políticos listados nas planilhas, Hilberto observou que Lula era chamado de amigo pela relação próxima com Emílio Odebrecht, pai de Marcelo.

Mascarenhas detalhou os valores movimentados ano a ano pelo departamento. De acordo com ele a quantia foi crescendo ao longo da segunda metade do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT), e só reduziram em 2014, depois de deflagrada a Lava-Jato.


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