Mascarenhas afirmou em depoimento que não sabia todos os codinomes que, segundo ele, eram mais de 300, mas confirmou o apelido usado para identificar Lula. O ex-diretor da Odebrecht disse que era apenas executor de decisões de repasses de recursos que eram tomadas por Marcelo Odebrecth ou por outros diretores da empresa.
Em nota, a defesa de Lula afirmou que jamais pediu recursos para a empresa. "Lula jamais solicitou qualquer recurso indevido para a Odebrecht ou qualquer outra empresa. O ex-presidente jamais teve o apelido de 'amigo'. Se alguém eventualmente a ele se referiu dessa forma isso ocorreu sem o seu conhecimento e consentimento. Se delação premiada não é prova, o vazamento seletivo de suposta delação não tem qualquer valor jurídico e não pode dar base a qualquer ilação", diz a nota.
Em outubro do ano passado, a Polícia Federal ligou os codinomes “Amigo” e “Amigo de meu pai” que apareceram nas planilhas da empresa ao ex-presidente. A informação apareceu durante a 35º fase da operação Lava-Jato, quando o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci foi indiciado por corrupção passiva. Segundo a PF, foram repassados R$ 8 milhões para “Amigo”.
Em resposta ao relatório da PF no final do ano passado os advogados do ex-presidente Lula afirmaram que não foram apresentadas provas e que o petista estaria sendo perseguido pelos investigadores. “Na falta de provas, usa-se da 'convicção' e de achismos. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sua esposa, a empresa de palestras LILS e sua família já tiveram suas vidas absolutamente devassadas pela operação Lava-Jato (sigilo bancário, fiscal, telefônico e busca e apreensão) e tudo que foi encontrado está rigorosamente dentro da lei”, disse a defesa de Lula por meio de nota.