Brasília - Principal aliado do governo Temer, o PSDB não pretende encampar na íntegra a proposta de reforma da Previdência.
“Vamos apresentar emendas e conversar com os partidos para tentar que as bancadas da base subscrevam emendas em conjunto, para ser uma alteração proposta pela base governista e não por um ou outro partido”, diz o líder tucano na Câmara, Ricardo Trípoli (SP).
O vice-líder do partido, Nilson Leitão (MT), adianta que o PSDB não se comportará como o PT e rejeitar tudo, mas pretende imprimir sua identidade à reforma. Ele disse também que faltam informações do governo sobre a proposta: “Somos governo, mas isso não significa que vamos aprovar a proposta da forma como foi enviada. O texto precisa ser modificado”.
O governo quer fixar a idade mínima de 65 para requerer aposentadoria e ainda elevar o tempo mínimo de contribuição de 15 para 25 anos.
Haverá regra de transição para não prejudicar quem está quase se aposentando. Quem estiver com 50 anos ou mais (homens) e 45 anos ou mais (mulheres) se aposentará pelas atuais regras e pagará pedágio de 50% sobre o tempo que faltava para a aposentadoria. Se for um ano, por exemplo, terá de trabalhar um ano e meio.
enquanto isso...
...Renan está INSATISFEITO
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, deu prazo de 15 dias para o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) apresentar defesa no inquérito em que é acusado de receber R$ 800 mil do esquema de corrupção na Petrobras. Mas Renan (foto) tem outra preocupação: não perder espaço no PMDB. Na noite de quinta-feira, ele esteve no Palácio do Planalto com o presidente Michel Temer e disse estar se sentindo desprestigiado no partido e quer apresentar suas demandas. Temer, por sua vez, quer evitar que disputas internas do PMDB prejudiquem a aprovação de reformas no Congresso. E sabe o motivo dos ataques de Renan: o ex-presidente do Senado reclamou da nomeação do deputado Maurício Quintella (PR-AL), que não integra seu grupo político, para o Ministério dos Transportes. Agora, o senador pleiteia a Secretaria de Portos, vinculada ao Ministério dos Transportes, para tentar ter influência na pasta e mostrar seu poder. A briga interna do PMDB envolvendo nomes da cúpula da legenda também tem se agravado, segundo auxiliares palacianos, por causa dos avanços da Operação Lava-Jato
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