A falta de um líder do governo e as desavenças entre os vereadores da base aliada e os que se intitulam independentes continua atrasando os trabalhos na Câmara Municipal de Belo Horizonte, que segue em uma espécie de greve branca.
Nessa segunda-feira (13), a expectativa era de votar pelo menos quatro dos nove vetos aos projetos que sobrestão (impedem que quaisquer outros projetos sejam votados, pois têm precedência sobre os outros) a pauta, mas só dois foram avaliados e derrubados. Um prevê a criação de um sistema de comunicação e cadastro de pessoas desaparecidas e dá outras providências e o outro cria políticas para as pessoas com deficiência. Eles foram derrubados com o apoio de 21 dos 36 vereadores presentes. Ao todo são 41.
O acordo para votar os vetos e limpar a pauta para a chegada no parlamento do projeto do que institui a reforma administrativa foi combinado em uma reunião, quinta-feira passada, entre o prefeito Alexandre Kalil (PHS) e um grupo de vereadores. No entanto, só dois foram votados e outros sete seguem na pauta.
Cargos
Um dos motivos do descontentamento dos vereadores com o prefeito são as nomeações para cargos comissionados. A prefeitura estaria dificultando essas indicações, causando a revolta de parte dos vereadores interessados em emplacar aliados no governo. Outra disputa envolve a indicação de quem será o novo líder do governo.
O mais cotado é Leo Burguês (PSL), mas também está no páreo o vereador Juliano Lopes (PTC).
Durante a sessão, alguns vereadores chegaram a cobrar a retomada das votações dos vetos para limpar a pauta e passar a votar projetos já em andamento e de interesse e autoria dos próprios parlamentares.
.