A lista de Janot ainda inclui os ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva e os ex-ministros Antonio Palocci e Guido Mantega, mas como os petistas perderam o foro privilegiado os casos devem ser remetidos à primeira instância. No Supremo Tribunal Federal (STF), a decisão pela abertura de inquérito ou não caberá ao ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato na Corte.
Ao todo, foram 83 pedidos da Procuradoria-Geral da República de abertura inquéritos ao STF com base nas delaçãoes dos executivos do grupo Odebrecht. Segundo noticiou o blog do jornalista Vicente Nunes, do Correio Braziliense, estão na lista também os senadores tucanos Aécio Neves (MG) e José Serra (SP).
Ainda de acordo com ele, também há pedidos para investigar os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunicio Oliveira (PMDB-CE). O líder do governo no Senado, senador Romero Jucá (PMDB-RR), o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), e o senador Edison Lobão (PMDB-MA) também estão na mira do Ministério Público.
De acordo com o jornalista, diante dessa lista que vazou ontem, o clima é de comoção em Brasília.
No total, Rodrigo Janot enviou 320 pedidos ao STF com base nas delações premiadas de 77 executivos da Odebrecht. São 83 pedidos de abertura de inquéritos, 211 declínios de competência para outras instâncias da Justiça, nos casos que envolvem pessoas sem prerrogativa de foro, 7 pedidos de arquivamentos e 19 outras providências.
Segundo a PGR, "não é possível divulgar detalhes sobre os termos de depoimentos, inquéritos e demais peças enviadas ao STF por estarem em segredo de Justiça." Por isso, Rodrigo Janot, em seus pedidos, também solicitou ao ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato, a retirada do sigilo desse material considerando a necessidade de promover transparência e garantir o interesse público.
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