Detalhes da carta foram revelados pelo repórter Vladimir Netto, no Jornal Nacional, da TV Globo.
Janot destacou que a Instituição tem dois desafios: manter a imparcialidade e zelar pela coesão interna.
O procurador apontou que as delações de executivos e ex-executivos da empreiteira Odebrecht 'mostram a triste realidade de uma democracia sob ataque, tomada pela corrupção e pelo abuso do poder econômico e político'.
Ele relatou aos colegas da Procuradoria que apresentou 320 pedidos ao Supremo, sendo 83 de abertura de inquérito.
Na carta aos procuradores, Janot afirma ser ‘um democrata convicto’ e que continua na 'sua missão de defender o regime democrático e a ordem jurídica'.
Segundo ele, o sucesso das investigações até aqui 'representa uma oportunidade ímpar de depuração do processo político nacional para aqueles que acreditam ser possível fazer política sem crime e para aqueles que crêem que a democracia não é um jogo de fraudes, mas sim um valor essencial ao desenvolvimento de um país'..