Gleisi, que foi ministra da Casa Civil entre 2011 e 2014, no primeiro mandato de Dilma Rousseff, convocou também como testemunhas Beto Vasconcelos, que foi secretário-Executivo da Casa Civil, e Ivo da Motta Azevedo Corrêa, que foi subchefe de Assuntos Jurídicos da pasta enquanto ela era ministra.
Também são réus junto com Gleisi o ex-ministro dos governos Lula e Dilma Paulo Bernardo - marido dela - e o empresário Ernesto Kugler Rodrigues. A ação penal foi aberta depois que a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal, em setembro de 2016, recebeu denúncia do procurador-geral da República contra os três.
No documento em que requer a intimação das testemunhas, a defesa de Gleisi Hoffmann também reitera "todas as razões de fato e de direito demonstradas em sua defesa preliminar". O advogado Rodrigo Mudrovitsch destaca também que há "insubsistência formal e material da acusação, seja porque a denúncia é patentemente inepta e carece de justa causa para a sua deflagração, seja porque as imputações nela irrogadas revelam-se de todo improcedente".
A acusação contra os três réus tem base nas delações premiadas do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef. Eles revelaram que, em 2010, R$ 1 milhão do esquema de propinas da Petrobras foi destinado à campanha eleitoral da petista ao Senado.
Conta na denúncia que Paulo Roberto disse ter sido procurado em 2010 pelo então ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que lhe teria solicitado R$ 1 milhão para a campanha da esposa ao Senado. O doleiro Alberto Youssef e o empresário Ernesto Kugler teriam operacionalizado o repasse. As defesas negam as acusações.
Gleisi é uma dos cinco parlamentares em exercício que estão na condição de réus na Lava Jato.