A entrega do "pacote" coincide com os fatos expostos pelo ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho em seu acordo de colaboração premiada na Operação Lava Jato. De acordo com o anexo entregue por Melo Filho ao MPF, o escritório de Yunes teria sido o local de entrega de um dos pagamentos relacionados ao R$ 10 milhões solicitados por Michel Temer em um jantar no Palácio do Jaburu.
"Esses pagamentos, no valor de R$ 4 milhões, foram realizados via Eliseu Padilha, preposto de Temer, sendo que um dos endereços de entrega foi o escritório de advocacia do Sr. José Yunes, hoje Assessor Especial da Presidência da República", disse o delator. Yunes pediu demissão após o anexo da delação de Melo Filho vir a público, em dezembro de 2016.
Bruno Espiñeira, responsável pela defesa de Funaro, afirma que a queixa-crime tem como objetivo "resgatar a verdade do fatos" relacionados à suposta entrega no escritório de Yunes.
Defesa
"Não tenho conhecimento da queixa. José Yunes prestou todos os esclarecimentos devidos à PGR e no momento oportuno irá se manifestar sobre a inicial de Lúcio Funaro", disse o criminalista José Luis Oliveira Lima, que representa José Yunes..