Os processos ainda não estão nas mãos do ministro Edson Fachin, mas já passaram por duas etapas prévias: o protocolo e a autuação. Nesta quinta-feira, 16, eles começaram a ser distribuídos, eletronicamente, ao ministro Fachin, relator dos processos relacionados à Operação Lava Jato no Supremo - etapa que ainda não foi concluída. Só após todos os processos terem sido distribuídos a Fachin é que serão disponibilizados ao relator.
Devido ao sigilo, no momento, nem mesmo as iniciais dos investigados estão presentes no sistema do Supremo.
A maioria dos inquéritos - 64 - tem um único investigado. São 16 inquéritos com 2 investigados. Há dois inquéritos com 3 investigados. O inquérito que tem mais investigados é o de número 4.437, com 5 alvos. Estes números se referem apenas ao Supremo, e não incluem os inquéritos que serão abertos em outras instâncias.
Os 83 inquéritos são parte dos 320 pedidos que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao STF com base nas delações premiadas da Odebrecht. O procurador também pediu a retirada de sigilo de parte das revelações feitas pelos ex-funcionários da empreiteira baiana. Caberá a Fachin decidir quanto à retirada do sigilo. Não há prazo para isso.
O relator da Lava Jato no Supremo será "absolutamente criterioso" ao analisar os pedidos da PGR, segundo informaram fontes ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, após o envio da "segunda lista de Janot".
Não necessariamente todos os 83 inquéritos ficarão com o ministro Edson Fachin. Alguns podem ser redistribuídos para outros ministros, se considerado que não há conexão com a Lava Jato..