"Eu infelizmente errei, e me arrependo profundamente. Estou pagando muito caro. Errei, a culpa foi minha. Eu já estava desgastado, chateado com esse negócio todo, sem suportar a pressão, que era muito forte. Muitas vezes, pensei em largar tudo. Podia ter feito, e não fiz", disse Costa, o primeiro delator da Lava Jato.
Ele é acusado de desviar R$ 358 milhões de contratos da Petrobrás. Condenado por corrupção, lavagem de dinheiro e pertencimento a organização criminosa, foi preso há três anos, e nos últimos quatro meses está em regime aberto.
Integrante então da cúpula do PP, Nelson Meurer teria recebido R$ 29,7 milhões em repasses mensais de R$ 300 mil entre 2006 e 2014.
Os valores ilícitos, conforme a PGR, compravam apoio político para a manutenção de Costa na Diretoria de Abastecimento da Petrobrás. As investigações mostraram que a nomeação do ex-diretor foi feita por indicação do PP, e que ele se tornou um operador do partido na estatal. "Se eu não contribuísse com a classe política, no dia seguinte me retiravam (da Petrobrás) de imediato. Ou você está dentro do jogo, ou está fora", afirmou no depoimento.
Volta às ruas
. Três anos depois de ser preso pela Operação Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef conseguiu ontem o direito de voltar às ruas. Acusado de ser o principal operador de propinas no esquema de corrupção na Petrobrás, Youssef conseguiu a progressão de regime de cumprimento de pena e pode agora deixar seu apartamento, em São Paulo, onde cumpria prisão domiciliar. O benefício decorre do acordo de colaboração premiada que fechou com a força-tarefa do Ministério Público Federal. As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo..