Manifestantes protestaram na manhã desta segunda-feira, em frente à Pontifícia Universidade de Minas Gerais (PUC-MG), no Bairro Dom Cabral, na Região Oeste de Belo Horizonte, onde a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, proferiu palestra.
Na entrada da universidade, a ministra passou por faixas questionando o posicionamento do STF em relação ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), e ouviu gritos de "golpista". A ministra chegou ao prédio da PUC-MG em um táxi.
Dentro do auditório, no entanto, Cármen Lúcia foi aplaudida em pé. Ela comentou a manifestação na porta da universidade: "Ao entrar aqui hoje vi as pessoas com manifestações. É direito de todos reclamar e opinar". Isso é parte da democracia", disse a ministra.
Democracia
A ministra fez palestra em aula inaugural da Faculdade Mineira de Direito (FMD), da PUC, da qual é professora licenciada. O título da palestra é "O Papel do Supremo Tribunal Federal na Consolidação da Democracia".
Cármen Lúcia falou sobre o papel do STF na construção da democracia e abordou questões como a demora no andamento dos processos no Judiciário brasileiro. Segundo ela, são 16 mil juizes para 80 milhões de ações. A ministra afirmou que será preciso "transformar e repensar" o Poder Judiciário.