A manifestação do partido, obtida pela reportagem, foi enviada ao ministro Herman Benjamin, relator no TSE da ação que apura se a chapa Dilma-Temer cometeu abuso de poder político e econômico para se reeleger.
"Tanto para disputar o pleito de 2014, quanto para conceder apoio político à chapa Dilma-Temer, o Partido Republicano Brasileiro (PRB) peremptoriamente informa a Vossa Excelência o seguinte: que não recebeu nenhum recurso financeiro proveniente de caixa 2; que não recebeu nenhum recurso financeiro proveniente de propina; que não recebeu nenhum recurso financeiro proveniente de qualquer fonte vedada; que não recebeu nenhum recurso financeiro proveniente de qualquer origem ilícita", diz a manifestação do PRB, assinada nesta segunda-feira pelo presidente em exercício do diretório nacional, senador Eduardo Lopes (PRB-RJ).
Em depoimento prestado ao TSE em fevereiro, o ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht Alexandrino Alencar afirmou que a empreiteira pagou R$ 7 milhões para cada um desses três partidos: PROS, PCdoB e PRB, num total de R$ 21 milhões.
Segundo a reportagem apurou, Alexandrino disse ao ministro Herman Benjamin que os pagamentos foram feitos via caixa 2 para garantir o apoio político dessas siglas à chapa que unia PT e PMDB na campanha presidencial de 2014.
Em fevereiro, o jornal O Estado de S.
Apoio
Em sua resposta encaminhada ao TSE, o PRB também destacou "fatos públicos e notórios" para justificar o apoio à chapa Dilma-Temer.
Entre eles cita que, em março de 2012, no primeiro mandato de Dilma, o ex-senador Marcelo Crivella (PRB) foi empossado ministro da Pesca e Aquicultura. Também menciona a posse do deputado federal George Hilton (hoje filiado ao PSB) como ministro do Esporte, já no segundo mandato da petista.
"É por isso que é natural que as diversas agremiações partidárias que se unem para administrar e apoiar o governo, seja no poder Executivo, seja no Poder Legislativo, também se alinhem na campanha eleitoral para integrarem uma coligação para disputar uma eleição majoritária presidencial", explicou o partido ao TSE..