Graças ao esquema, segundo a investigação, o agente da PF envolvido teria assumido o cargo de ex-secretário adjunto de Administração Penitenciária do Estado.
Cerca de 80 policiais federais cumprem 23 mandados judiciais, sendo quatro de prisão temporária, quatro de condução coercitiva e 15 de busca e apreensão, em residências e locais de trabalho dos investigados.
De acordo com a PF, a investigação, iniciada em 2015, identificou que um policial federal revelava antecipadamente fatos sob sigilo de Justiça a blogueiros. Estes, por sua vez, teriam ameaçado funcionários públicos e empresários e pediam valores em troca da não divulgação na mídia local dos fatos descobertos contra eles.
Os investigados aproveitavam também a oportunidade para fugirem ou destruírem provas. Em troca, o servidor público tinha publicações na imprensa local em seu favor. Um dos investigados, o agente da PF, chegou a assumir a função de Secretário Adjunto da Administração, Logística e Inovação Penitenciária.
A PF apura ainda possíveis frustrações do caráter competitivo de licitações do sistema prisional, bem como eventuais desvios na execução de verbas públicas.
O nome da operação é uma referência a Alan Turing, um cientista e matemático britânico responsável pelo desenvolvimento de uma máquina utilizada durante a Segunda Guerra Mundial, capaz de interceptar e decodificar dados criptografados transmitidos pela máquina Enigma. Por analogia, a investigação buscou desvendar, esclarecer os dados religiosos praticados pelos investigados..