Pacheco disse que vai ouvir primeiro os coordenadores de bancada na comissão e que se houver disposição para dar prioridade à matéria, ela será pautada. O deputado foi eleito nesta manhã para conduzir os trabalhos do colegiado neste ano.
O deputado negou que tenha feito críticas à Operação Lava-Jato e que seus comentários foram no âmbito da discussão, em 2013, de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que restringia o poder de investigação do Ministério Público e que o tema foi superado. Pacheco disse que não se arrepende das declarações e que se posicionou como membro do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). "Aquela discussão ideológica da OAB não era definitivamente qualquer referência à Lava-4Jato", declarou.
O peemedebista contou que esclareceu seu posicionamento para membros do MP. Hoje, o deputado disse que o MP é uma entidade "fundamental" e que seu papel deve ser preservado, assim como a Polícia Federal. "Todos nós temos o objetivo comum que é o combate do crime, da corrupção, sem corromper a Constituição", emendou.
O novo presidente da CCJ disse que sua posição em relação à Lava-Jato é de "espectador", de um deputado que reconhece na operação algo "fundamental para apurar e passar a limpo o País".
Questionado sobre o instituto da delação premiada, que já foi criticada por ele na comissão que analisa a reforma do Código de Processo Penal, Pacheco explicou que criticou a maneira indiscriminada das delações em um universo de 20 investigados onde todos fazem a delação. Para o parlamentar, a delação não pode se perder em relação a um eventual desvirtuamento. "Foi uma crítica doutrinaria, um ponderação em relação ao Código de Processo Penal", justificou.
A primeira missão de Pacheco será atestar a conferência das assinaturas do projeto de iniciativa popular que deu origem ao pacote anticorrupção. A Secretaria Geral da Mesa (SGM) concluiu nesta semana a conferência e validação de 1,7 milhão de assinaturas. O deputado disse que vai despachar a certificação "o mais rápido possível". Segundo a SGM, assim que o presidente da CCJ validar o trabalho de conferência das assinaturas, o projeto seguirá para o Senado..