Adriana Ancelmo está presa preventivamente no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona oeste carioca, desde dezembro do ano passado. Ela é acusada de participar do esquema de corrupção liderado pelo marido Sérgio Cabral.
O juiz Bretas chegou a conceder o benefício de prisão domiciliar à Adriana, no dia 17 deste mês, com o argumento de que os dois filhos do casal, de 10 e 14 anos, não poderiam ser privados do convívio simultâneo do pai e da mãe, já que os dois estão presos em Bangu. Hoje, eles estão sob o cuidado do irmão mais velho, o deputado federal Marco Antônio Cabral (PMDB), filho de Sérgio Cabral com Susana Neves, sua primeira mulher.
Bretas exigiu, então, o cumprimento de pré-requisitos: que, em casa, Adriana não tivesse acesso a linha telefônica e internet. O apartamento da ex-primeira dama chegou a ser vistoriado, mas ela não foi liberada. O desembargador federal Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal, da 2ª Região (Rio e Espírito Santo) suspendeu a liminar no último dia 20, porque, em sua opinião, o benefício da prisão domiciliar "criaria expectativas vãs para a própria acusada, que poderia vir a ser presa novamente, e para outras mulheres presas preventivamente, que não conseguem o mesmo direito", como afirmou em sua decisão.
Com a nova decisão, da ministra do STJ, a defesa de Adriana voltará a recorrer ao juiz Bretas, que decidirá se vai acatar a nova liminar e, se acatar, pode pedir nova vistoria no apartamento da família Cabral, no Leblon, na zona sul do Rio..