Genebra, 29 - Uma movimentação bancária registrada no dia 21 de junho de 2010 chamou a atenção das agências reguladoras da Suíça. Uma pessoa da família de um brasileiro envolvido na Lava Jato retirou, em espécie, US$ 4,6 milhões de uma só conta (cerca de R$ 14,3 milhões). No mesmo dia, esse valor voltaria a uma nova conta, sob o nome de uma empresa recém-criada, no mesmo banco.
Os detalhes fazem parte de um documento do Tribunal de Bellinzona, numa sentença sobre o congelamento de contas de envolvidos no caso da Petrobras. O texto não revela nem o nome do brasileiro e nem o banco.
Segundo a sentença, de janeiro deste ano e publicada nesta semana, um processo criminal foi aberto no dia 11 de novembro de 2015 pelo Ministério Público da Confederação, "ordenando o sequestro de bens depositados em nome da sociedade A". A empresa só é citada por uma letra, que não representa sua inicial.
O MP admite que não existe nada contra os familiares da pessoa suspeita na investigação da Lava Jato. Mas estima que, diante das acusações nas delações, a conta precisaria ser bloqueada.
Ao final de 2014, a conta tinha US$ 7,4 milhões, dos quais, um total de US$ 2,2 milhões está congelado até que as investigações sejam concluídas. As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo.