São Paulo - Procuradores da República e agentes da Polícia Federal revistaram nesta quarta-feira, 29, as salas ocupadas pelo presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani (PMDB). Eles chegaram por volta das 6h ao Palácio Tiradentes, com ordem judicial de busca e apreensão, e se dirigiram ao gabinete da presidência. O andar foi interditado enquanto os agentes reviraram o local.
Depois, foram para o prédio anexo, onde funciona o gabinete parlamentar de Picciani, assim como os dos outros 69 deputados. Dali, levaram um malote preto com material apreendido.
Durante a movimentação na Alerj, parlamentares da base e da oposição se reuniam no local, em diferentes salas, para avaliar a situação. "Vim aqui prestar solidariedade. A condução coercitiva, que era exceção, virou regra", afirmou o secretário de Cultura, André Lazaroni.
Bolo
Um pequeno grupo de servidores públicos estaduais comemorou nesta quarta-feira, na frente da Alerj, a prisão dos cinco conselheiros do TCE e a condução coercitiva de Jorge Picciani. Eles estouram fogos de artifício e levaram um bolo.
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) funcionou normalmente nesta quarta. Segundo funcionários, os policiais agiram discretamente. Chegaram em carros descaracterizados, usavam roupas civis e não exibiram armas. Muitos servidores só souberam do que acontecia depois.