Dos 2 mil entrevistados, 26% lembraram da reforma, considerada principal medida econômica do governo.
Para os responsáveis pela pesquisa, os dados evidenciam "maior exposição da população ao tema da reforma da Previdência nos primeiros meses de 2017".
O segundo tema mais lembrado pela população é a Operação Lava-Jato, que investiga um esquema de corrupção na Petrobras (9%). Em seguida, outros 5% dos entrevistados citaram notícias sobre corrupção do governo, porém sem especificar quais. Em quarto lugar estão notícias sobre manifestações no Brasil (4%).
Os debates sobre mudanças na legislação trabalhista aparecem na sequência (3%). Também foram mencionados temas como a autorização de saques nas contas inativas do FGTS (2%) e a reforma do Ensino Médio (1%). Entre os brasileiros consultados, 36% não souberam ou não quiseram responder.
Ainda segundo a pesquisa, para 54% dos entrevistados as notícias publicadas pela imprensa são mais desfavoráveis para o governo, enquanto 21% considera como "nem favoráveis, nem desfavoráveis". Para outros 12%, as publicações são favoráveis à gestão Temer.
A pesquisa foi realizada de 16 a 19 de março deste ano. O levantamento ouviu 2 mil pessoas em 126 municípios.
Impostos
Os impostos e as taxas de juros são os itens com pior avaliação do governo.
A pesquisa detectou um aumento no porcentual dos que desaprovam as ações e políticas relativas a impostos - passou de 80% para 85% -, e redução dos que aprovam as políticas e ações de combate à fome e à pobreza - caiu de 26% para 2%.
Idade
Os brasileiros com faixa etária mais elevada são os que melhor avaliam o governo do presidente Michel Temer, segundo a pesquisa. Entre as pessoas que possuem 55 anos de idade ou mais, 14% avaliam o governo como ótimo ou bom. Entre as demais faixas de idade, a partir de 16 anos, o porcentual fica em torno de 10%.
No grupo de entrevistados acima de 55 anos também estão os maiores porcentuais dos que confiam no presidente Temer (23%) e dos que aprovam a sua maneira de governar (23%). Já as pessoas entre 25 e 34 anos são as que menos confiam no presidente (83%). Pessoas entre 16 e 24 anos, 25 e 34 anos e 35 e 44 anos são as que menos aprovam a maneira de governar do presidente (todos empatados com 76%)..