Temer disse que não se sente "abandonado" e que tem tido apoio da maior parte dos deputados e senadores. O presidente repetiu que não concede benefícios populistas, que causam benefícios no curto prazo e depois grandes dificuldades. "E foi o que aconteceu no passado", afirmou, destacando o déficit das contas públicas.
"O que eu tomo são medidas populares, são aquelas que demandam o reconhecimento posterior", disse Temer, acrescentando que não se assusta com sua baixa popularidade e que precisa continuar com as reformas necessárias ao País.
Na quarta-feira, 5, Renan repetiu que "o presidente Michel Temer não tem para onde ir". Em meio às críticas do ex-presidente do Senado, Temer iniciou uma ofensiva com os senadores do partido para conter possíveis dificuldades adicionais para a aprovação da Reforma da Previdência. O movimento busca neutralizar a força e a influência de Renan - que é líder da bancada - sobre os senadores.
Temer recebeu na noite de quarta quatro senadores peemedebistas no Palácio do Jaburu: Rose de Freitas (ES), Garibaldi Alves (RN), João Alberto Souza (MA) e Valdir Raupp (RO). Também na quarta, Temer almoçou com o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e com o senador Airton Sandoval (PMDB-SP), que assumiu a vaga com a licença de senador paulista Aloysio Nunes que agora é ministro das Relações Exteriores.
Apesar da ofensiva de certa forma "isolar" Renan, auxiliares do presidente reforçam que ele nunca fechou a porta para o ex-presidente do Senado e que tem - ao longo de diversas crises que já enfrentou com Renan - procurado manter o diálogo de forma direta ou por meio de ministros - como Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência)..