O ministro da Casa Civil Eliseu Padilha, um dos nomes que Edson Fachin determinou a abertura de inquérito, participou à noite de mais uma reunião para tratar da Reforma da Previdência, e evitou comentar as denúncias. Segundo ele, há "poucos elementos" para que ele mossa se manifestar. "Eu acho que está tudo dentro da normalidade", afirmou o ministro.
Questionado se falaria algo a respeito do seu seu nome na lista, ele respondeu: "Eu não falo sobre esse assunto. Sobre esse assunto, só se fala nos autos do processo". Padilha ainda disse que não acredita que as repercussões da lista provocarão atrasos na negociação da reforma da Previdência.
A participação na reunião confere o clima de normalidade que o governo quer passar diante da lista do ministro Fachin. O presidente Michel Temer não se manifestou oficialmente sobre o assunto.
Nuvem de fumaça
Poucas horas após ser divulgada a informação de que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Edson Fachin, havia autorizado a abertura de inquérito contra políticos, pairou sobre o Palácio do Planalto uma nuvem de fumaça já anunciada.
Alerta
A divulgação da lista, embora já esperada, acendeu um alerta no Palácio do Planalto sobre o impacto que a relação pode ter em votações importantes para o governo, como a Reforma da Previdência, que terá o relatório apresentado na próxima semana, e Trabalhista. Apesar da tensão, interlocutores do presidente Michel Temer buscaram imprimir um clima de naturalidade e mostrar o foco na negociação das medidas importantes.