Além da lista dos ministros, senadores e deputados federais que serão investigados no âmbito da Operação Lava-Jato por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, mais de 200 outras petições, segundo informações vazadas pela internet, tratando de indícios sobre políticos e outras pessoas que não têm foro privilegiado foram enviadas por Fachin para outras instâncias inferiores do Judiciário. Parte dos citados integra lista apresentada em março pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
A lista que circula na internet inclui os governadores do Espírtio Santo, Paulo Hartung (PMDB); São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB); Paraná, Beto Richa (PSDB); Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT); Maranhão, Flavio Dino; Goiás, Marcone Perillo (PSDB); Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB); Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD); e do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB). São citados, ainda Eduardo Cunha (PMDB), ex-presidente da Câmara; os ex-senadores Delcidio do Amaral (sem partido) e Gim Argello (PTB) e os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Há citações também aos ex-ministros Aloizio Mercadante (PT), Mário Negromonte (PP), Geddel Vieira Lima (PMDB) e Henrique Eduardo Alves (PMDB). Estão na lista também o ex-governador do Rio, Sergio Cabral (PMDB); os prefeitos de Manaus, Arthur Virgilio (PSDB); Salvador, ACM Neto (DEM); Goiânia, Iris Rezende (PMDB) e Araraquara (SP), Edinho da Silva (SP). Por fim entraram os ex-prefeitos de São Paulo, Fernando Haddad (PT): Rio, Eduardo Paes (PMDB) e Rio Claro (SP), Du Altimari.
Entre deputados e pessoas ligadas a políticos, estão, os deputados estaduais no Rio Grande do Sul, Manuela D’Ávila (PCdoB); em São Paulo, Fernando Capez (PSDB), e no Rio de Janeiro, Jorge Picciani. Estes dois últimos são os presidentes da assembleias legislativas dos dois estados. Ainda participam o marqueteiro João Santana; Othon Luiz da Silva Pinheiro, ex-presidente da Eletronuclear; Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras; José Genoíno, ex-deputado pelo PT; José Maria Eymael, que fundou o PSDC; Paulo Ferreira, ex-tesoureiro do PT e a vereadora de Natal, Wilma de Faria (PTdoB).
A ex-presidente Dilma Rousseff foi citada em algumas petições que mencionam o ex-presidente Lula, assim como os ex-ministros Guido Mantega, Antonio Palloci, Jaques Wagner e Edinho Silva, e do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto. Lula afirmou que não há fatos apresentados sobre as denúncias e nem provas e evidências que comprovem acusações. Procurada, a ex-presidente Dilma disse ser vítima e que desconhece do que é acusada. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso preferiu não comentar as menções a ele, pelo fato de desconhecê-las, segundo ele.