Eles são acusados de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e corrupção passiva.
Executivos da Odebrecht delataram que a empresa Braskem, do grupo, interessada em contratos de energia no Nordeste, repassaram R$ 1,2 milhão por via oficial para o PMDB de Alagoas em 2009 e 2010. Desse total, R$ 800 mil seriam para Renan Filho, num acordo negociado pelo senador Renan Calheiros, pai do governador que, em outra delação, foi acusado de receber R$ 500 mil. O então governador, Teotônio Vilela (PSDB), teria ficado com 2,25% de propina - sem especificar valores. Renan Filho não respondeu ao contato da reportagem.
No caso do Acre, o senador Jorge Viana (PT) teria pedido R$ 2 milhões para a campanha do irmão, Tião, candidato a governador em 2010 - R$ 500 mil de forma oficial, numa negociação que envolveu o ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci. Tião se defendeu em uma extensa nota oficial, em que diz apoiar a "apuração de qualquer fato suspeito e a punição de qualquer um que tenha culpa provada". O governador afirmou que a Odebrecht nunca realizou obras no Acre e que ele nunca se reuniu com Marcelo Odebrecht.
Os delatores afirmaram que, no Rio Grande do Norte, o governador Robinson Faria (PSD), o "Bonitinho", recebeu R$ 350 mil de propina em contratos de saneamento básico. A denúncia atinge a prefeita de Mossoró, Rosalba Ciarlini e o deputado federal Fabio Faria (PSD). Robinson não foi localizado.
.