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Estado de Minas

Investigação no STF inclui 3 governadores


postado em 12/04/2017 08:43 / atualizado em 12/04/2017 10:10

Brasília e São Paulo - Três governadores do Norte e Nordeste estão na lista dos investigados a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR): Tião Viana, do Acre (PT), Renan Filho, de Alagoas (PMDB) e Robinson Faria, do Rio Grande do Norte (PSD).

Eles são acusados de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e corrupção passiva. Os três casos serão analisados no Supremo Tribunal Federal (STF) por citar senadores e deputados federais, que têm foro privilegiado na Corte. Outros governadores devem ser investigados no Superior Tribunal de Justiça (STJ), já que os casos ligados a eles não incluem pessoas com foro no STF.

Executivos da Odebrecht delataram que a empresa Braskem, do grupo, interessada em contratos de energia no Nordeste, repassaram R$ 1,2 milhão por via oficial para o PMDB de Alagoas em 2009 e 2010. Desse total, R$ 800 mil seriam para Renan Filho, num acordo negociado pelo senador Renan Calheiros, pai do governador que, em outra delação, foi acusado de receber R$ 500 mil. O então governador, Teotônio Vilela (PSDB), teria ficado com 2,25% de propina - sem especificar valores. Renan Filho não respondeu ao contato da reportagem.

No caso do Acre, o senador Jorge Viana (PT) teria pedido R$ 2 milhões para a campanha do irmão, Tião, candidato a governador em 2010 - R$ 500 mil de forma oficial, numa negociação que envolveu o ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci. Tião se defendeu em uma extensa nota oficial, em que diz apoiar a "apuração de qualquer fato suspeito e a punição de qualquer um que tenha culpa provada". O governador afirmou que a Odebrecht nunca realizou obras no Acre e que ele nunca se reuniu com Marcelo Odebrecht. "As contas das minhas campanhas foram aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral."

Os delatores afirmaram que, no Rio Grande do Norte, o governador Robinson Faria (PSD), o "Bonitinho", recebeu R$ 350 mil de propina em contratos de saneamento básico. A denúncia atinge a prefeita de Mossoró, Rosalba Ciarlini e o deputado federal Fabio Faria (PSD). Robinson não foi localizado.


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