Os prefeitos citados são os de Salvador, ACM Neto (DEM), de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), de Vitória, Luciano Rezende (PPS), de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), de Teresina, Firmino Filho (PSDB), e de Macapá, Clécio Luís Vieira (Rede).
Salvador
Sobre ACM Neto, as delações de André Vital Pessoa de Melo e Benedicto Barbosa da Silva Júnior apontam repasses "por meio de vantagens a pretexto de contribuição eleitoral não contabilizada".
O caso aconteceu 2012, quando ACM Neto venceu as eleições da capital baiana. Neste caso, os depoimentos serão enviados para o Tribunal Regional Federal da 1.ª Região (TRF1), em Brasília. A Corte federal tem jurisdição na Bahia, inclusive.
Manaus
O prefeito da capital amazonense, Arthur Virgílio Neto, teria sido beneficiado "a pretexto das campanhas eleitorais dos anos de 2010 e 2012".
Em 2010, quando concorreu ao Senado, Virgílio teria recebido R$ 300 mil, por meio do "departamento de propina" da Odebrecht.
Repasses também teriam sido realizados em 2012, na corrida à Prefeitura de Manaus. Os depoimentos também serão encaminhados ao TRF1.
Vitória
Os repasses a Luciano Rezende estão nos depoimentos de Benedicto Barbosa da Silva Júnior e Sérgio Luiz Neves. Eles implicam não só o prefeito de Vitória, mas também o ex-governador do Espírito Santo José Renato Casagrande (PSB) e o ex-assessor Paulo Brusque.
Segundo os delatores, os pagamentos totalizaram R$ 2,3 milhões, no âmbito das campanhas eleitorais dos anos de 2010, 2012 e 2014. Neste caso, os documentos serão apresentados ao Tribunal Regional Federal da 2.ª Região (TRF2), sediado no Rio e com jurisdição no Espírito Santo também.
Goiânia
O prefeito da capital goiana, ex-governador de Goiás Iris Rezende teria recebido R$ 300 mil em caixa 2, na campanha eleitoral de 2010. As informações constam da delação dos ex-executivos da empreiteira João Antônio Pacífico Ferreira, Ricardo Roth Ferraz de Oliveira e Benedicto Barbosa da Silva Júnior.
Teresina
O delator Alexandre José Lopes Barradas, ex-diretor da Odebrecht Ambiental, afirmou que foram pagos R$ 500 mil a Firmino Filho, prefeito da capital piauiense. Os pagamentos "a pretexto de doação eleitoral" teriam ocorrido em 2012, quando o tucano foi eleito prefeito pela terceira vez.
Macapá
Segundo a Procuradoria-Geral da República, o executivo Alexandre José Lopes Barradas relatou o pagamento em caixa 2, no valor de R$ 450 mil, no âmbito da campanha eleitoral de Clécio Luís Vieira à prefeitura da capital do Amapá em 2012. Na época, o político era filiado ao PSOL e foi eleito. Clécio se reelegeu em 2016, desta vez como candidato da Rede Sustentabilidade. O depoimento será enviado ao TRF1, em Brasília..