"O primeiro pedido original foi de R$ 57 milhões", afirmou Odebrecht.
"Entre maio e junho de 2014, o Guido veio com um pedido adicional da campanha. Quando digo adicional, ele tinha um crédito comigo ainda dentro daqueles R$ 100 milhões que a gente tinha concordado. Mas pra a campanha eu já tinha feito a pedido dele a doação oficial, já tinha feito a doação oficial ao PT, que deu para ela, e já tinha acertado pagamentos para João Santana."
O delator afirmou que tinha um acerto de R$ 100 milhões para a campanha de Dilma, fechado com o ex-ministro Mantega - identificado como "Pós-Itália", nas planilhas da propina da Odebrecht.
"Aí ele veio com pedido adicional. E eu não tinha. Eu falei para ele: 'não dá, não posso fazer mais (doação) oficial porque tinha um relativismo com outros candidatos. Eu posso dar para o João Santana", afirmou o delator, em seu Termo 23 - referente ao anexo 81 - compra de legenda para compor a coligação de Dilma Rousseff na campanha 2014.
"Ele (Guido) falou: 'não, o João Santana já está adequado'."
Lava Jato
Segundo o presidente afastado da Odebrecht - que está preso desde junho de 2015, pela Operação Lava Jato, em Curitiba - que avisou Mantega que "estava com dificuldade de fazer por caixa 2". "Por causa da questão da Operação Lava Jato, estava difícil para movimentar dinheiro."
O ex-ministro, que era contato da empresa com o governo Dilma Rousseff, sugeriu segundo ele que a Odebrecht doasse para os partidos da chapa Dilma/Temer.
"A gente fechou a coligação, tem os compromissos.
O delator afirmou que acabou sendo pago R$ 24 milhões..