"O então presidente da MT Fomento (Eder) não tinha participação na campanha eleitoral, nunca fez parte de comissão, de arrecadação, de organização e não tinha função dentro da campanha em 2006. Não tenho os dados de 2006 para trás, mas houve um reconhecimento da dívida de R$ 21,378 milhões (com a Odebrecht) a ser paga em sete parcelas a partir de dezembro de 2006, portanto após a campanha", disse Maggi. Logo após a divulgação da lista de Fachin, há uma semana, ele negou qualquer relação com a construtora.
Segundo o ministro, os pagamentos foram feitos até 13 de abril de 2007, "portanto longe da campanha eleitoral", num total de R$ 18,32 milhões. Na entrevista, ele não explicou o motivo de o restante do valor para chegar ao total da dívida ainda não ter sido pago. "Não resta dúvida que esse dinheiro não chegou para a campanha, porque foi pago em 2007", informou.
Na entrevista, Maggi reafirmou que "jamais" pensara em estar na lista. "Jamais tive relações com esse pessoal e continuo na mesma tese", justificou. Ele lembrou que existe apenas a investigação em curso, disse esperar que o pedido seja arquivado por falta de materialidade, mas admitiu o incômodo com a situação.
"Confesso que é uma situação inusitada, muito ruim, que desmonta a gente. Estou absolutamente derrotado internamente. Estou fazendo um esforço gigante para poder estar de pé, estar trabalhando (...), mas isso faz parte da vida e não tem como fugir", disse Maggi. "Eu espero, já na primeira etapa, que consiga sair desse processo, porque é muito desconfortável e não condiz com a realidade (...), mas tenho de responder", concluiu..