Identificado nas planilhas do departamento da propina da Odebrecht, o Setor de Operações Estruturadas, como "Tokio", ele teria recebido das mãos de Alexandrino uma espécie de mesada de R$ 10 mil - uma em 2012 e outras quatro em 2013.
"Eu dava pessoalmente para ele.
Alexandrino garantiu que foi uma oferta feita por ele ao presidente do Instituto Lula. "Era importante manter o canal de boa interlocução com o responsável pela agenda de Lula", registrou em um anexo sobre o tema entregue à Procuradoria Geral da República (PGR).
"Em todas as oportunidades entreguei, pessoalmente, a Paulo Okamoto, em cada uma das vezes, a importância de R$ 10 mil. Esse montante foi disponibilizado pela equipe de Hilberto Silva e as entregas foram feita no próprio Instituto Lula."
O delator disse que mantinha contato com Okamoto desde quando ele era presidente do Sebrae, no governo Lula. E que no Instituto, no período pós-Planalto, os dois teriam participado da montagem das contratações de palestras do petista pela Odebrecht.
O delator entregou cópias das planilhas do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, o chamado departamento da propina, em que estão registradas as entregas de Okamoto, sob o codinome Tokio. Numa delas, a senha era "Polenta".
Paulo Okamoto negou que tenha recebido mesada de Alexandrino..