Governo de MG muda decreto para poder dar mais medalhas da Inconfidência

O decreto modifica regra de 2012, que permitia 160 homenageados

Juliana Cipriani
A dois dias do feriado de 21 de abril, quando o governo de Minas entrega as medalhas da Inconfidência a pessoas que considera ter prestado relevantes serviços ao estado, o Diário Oficial de Minas Gerais publicou decreto do governador Fernando Pimentel (PT) aumentando o número de comendas permitidas.


O texto modifica um decreto de 2012 e passa de 160 para 170 o número máximo de homenageados.

O decreto também estabelece números fixos para cada modalidade da medalha.

Até então, a divisão era feita percentualmente. De acordo com a regra, o governo pode conceder até 40 unidades da grande medalha, que é o grau máximo. Também podem ser distribuídas a cada ano 58 medalhas de honra e 72 medalhas da Inconfidência.

Sem Lula


A cerimônia deste ano gerou polêmica antes mesmo de ocorrer. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia sido convidado para ser o grande homenageado e orador oficial da cerimônia, mas, diante do clima político desfavorável, desistiu de vir.

Segundo aliados próximos a Pimentel, a decisão foi de consenso, mas o próprio Lula quis se preservar.

O governo de Minas ainda não divulgou a lista oficial de homenageados.

Sem custo

O governo de Minas informou, por meio de nota, que  o número de comendas entregues no 21 de abril deste ano "seguirá a definição do decreto publicado no Diário Oficial de hoje (19/04). "Informamos, também, que o Governo do Estado tem a prerrogativa de alterar o número de medalhas a serem entregues e que não há custos adicionais, já que existe estoque de medalhas já adquiridas para cerimônias anteriores".

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