Segundo o Ministério Público Federal, Lula recebeu R$ 3,7 milhões em benefício próprio – de um valor de R$ 87 milhões de corrupção – da empreiteira OAS, entre 2006 e 2012. As acusações contra Lula são relativas ao recebimento de vantagens ilícitas da empreiteira por meio de um triplex no Guarujá, no litoral de São Paulo, e ao armazenamento de bens do acervo presidencial, mantido pela Granero de 2011 a 2016. O empreiteiro fez referência ao ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.
“O João Vaccari conversou comigo, dizendo que esse apartamento, a família tinha a opção de um apartamento tipo, tinha comprado cotas e tal, mas que esse apartamento que eles tinham comprado estava liberado para eu comercializar. E foi comercializado e foi vendido. E que o triplex, eu não fizesse absolutamente nada”, disse.
Léo Pinheiro também afirmou ter sido orientado pelo ex-presidente a destruir provas que pudessem incriminá-lo na Operação Lava-Jato. Segundo ele, em junho, os dois se encontraram e Lula perguntou se Pinheiro havia feito algum pagamento a João Vaccari no exterior.