“A vivência cristã, em sua plenitude, não permite a existência da corrupção, da desigualdade, da exploração, da manipulação das consciências e, assim, o cristão cidadão é chamado pelo seu compromisso de fé em Jesus Cristo a ser sinal de transformação permanente no Brasil de nossos dias”, alerta dom Leonardo.
O bispo destaca que o episcopado segue as orientações do papa Francisco, que tem indicado o caminho de uma fé viva, alegre, misericordiosa, que sabe ir às periferias existenciais e geográficas. “Temos levado adiante, no âmbito da Conferência dos Bispos, um constante estudo sobre a realidade brasileira por meio de uma iniciativa que damos o nome de Pensando o Brasil”, diz o secretário-geral. Ele prevê que, na próxima Assembleia, os bispos darão passos nessa reflexão e “não escaparão de situações tão graves como as geradas pela corrupção no Brasil”.
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral, dom Darci José Nicioli, arcebispo de Diamantina (MG), alerta também que os problemas sociais prejudicam mais os pobres. “Precisamos ter honestidade de vida e pensar no bem comum”, adverte. E sugere que se ponha ainda em discussão os lucros dos bancos e a cobrança de imposto sobre herança e grandes fortunas.
Também devem ser analisadas no encontro de Aparecida a segunda união de casais divorciados e a ordenação de homens casados – que não está na pauta oficial, mas pode ser examinada. As duas questões têm sido discutidas no Vaticano, com particular interesse do papa Francisco.