O petista avaliou que o partido é "massacrado" constantemente, mas, apesar disso, consegue sobreviver às críticas nas pesquisas de intenção de voto para as próximas eleições presidenciais. "Já jogaram umas 80 bombas de Hiroshima em cima do PT", comentou Lula durante seminário promovido pelo partido, em Brasília.
Ele afirmou ainda que é tratado "pior do que os outros" pela mídia. "Não vou virar as costas para vocês para não verem a quantidade de chibatadas que levei", afirmou. "Vocês sabem que sou homem de paz. Está chegando de parar com falatório e apresentar prova. Quero que mostrem um real meu fora do País. Provem um desvio de conduta, quando eu era presidente e depois da presidência.
O ex-presidente destacou que, caso seja candidato à presidência em 2018, vai defender que se regulamente os meios de comunicação. "Temos que dizer durante a campanha algumas verdades que são duras. Ser candidato, para depois dizer que você tem que jantar com os Marinho, almoçar no Estadão. E a Veja, você vai conversar? Não vou", disse em outro momento de sua fala. "Eles vão ter que aprender que estão lidando com um cidadão diferente, que tem mais honra e é mais honesto do que eles", continuou.
Lula afirmou que a solução para o País depende de credibilidade e de voto popular. "Não é possível um governo com credibilidade se ele não tiver voto popular", disse, referindo-se ao governo do presidente Michel Temer. "O ódio deles contra nós não é pelas coisas más que fizemos, é pelas coisas boas." Ele criticou que afirmações do governo de que os problemas atuais são uma "herança maldita do PT, pois, segundo ele, "ninguém fez mais para o povo pobre" do que a legenda.
Apesar das denúncias contra o partido, Lula também declarou que "graças a Deus o PT está se reencontrando em ser oposição". "Vamos deixar para ser governo quando vencermos eleição em 2018." O petista defendeu que o País precisa "voltar a funcionar", pois está "desgovernado". "Precisamos ter um poder Executivo que governe para o povo."
Para Lula, não basta apenas ter maioria no Congresso para aprovar medidas econômicas, e sim ter um líder que saiba "cuidar de 204 milhões de pessoas, que precisam ser cuidados". "Se eu for indicado por vocês e se tudo der certo, não posso prometer fazer tudo o que já fiz, tenho que fazer mais", defendeu o petista. Entre as ações que tomaria, como candidato, ele ressaltou que privilegiaria relações internacionais com a América Latina e a África..