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Estado de Minas

Eike Batista deixa presídio


postado em 01/05/2017 00:12


Rio de Janeiro – O empresário Eike Batista já desfruta do conforto de sua mansão, no bairro Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, apesar de ter que permanecer em prisão domiciliar. Ele deixou a Penitenciária Bandeira Stampa, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio por volta das 9h de ontem, depois de três meses de prisão. A saída do empresário do presídio, em carro da Polícia Federal, provocou revolta em parentes de presos, que estão na fila para a visita, já que os presidiários costumam deixar o complexo penitenciário a pé. Para as famílias, o empresário recebeu tratamento privilegiado.

Em casa, ele deverá cumprir nove medidas cautelares.Em casa, ele deverá cumprir nove medidas cautelares, tais como receber, sem aviso-prévio, vistoria da Polícia Federal, se afastar das empreses de que é sócio e entregar o passaporte.

Eike foi preso em 30 de janeiro na Operação Eficiência, um desdobramento da Calicute, que levou à prisão o ex-governador Sérgio Cabral Filho (PMDB). O empresário foi denunciado pelo Ministério Público Federal sob acusação de pagar propina ao esquema liderado por Cabral. Segundo os investigadores, o dono do grupo EBX teria feito repasses por meio de operações financeiras no exterior que somam US$ 16,5 milhões, além de simulação de prestação de serviços do escritório de advocacia de Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador.

Ele também é suspeito de tentar atrapalhar as investigações ao realizar reunião para “combinar versões” com seus defensores e com um assessor, Flávio Godinho, também preso na Operação Eficiência. Os advogados do empresário alegam, no entanto, que as reuniões serviam para “traçar estratégia de defesa”.

Eike ficará em prisão domiciliar por determinação do juiz federal Gustavo Arruda Macedo. A decisão foi tomada no sábado, um dia depois de o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes atender o pedido de liberdade da defesa apresentado pela defesa de Eike Batista.

A decisão liminar do ministro Gilmar Mendes, que cita “constrangimento ilegal” ao empresário, foi dada na mesma semana em que a Segunda Turma do STF decidiu revogar duas prisões da Lava-Jato e libertar o pecuarista José Carlos Bumlai e o ex-tesoureiro do PP João Cláudio Genu, condenados em primeira instância pelo juiz Sérgio Moro. Nos dois casos, o relator da Operação Lava-Jato no Supremo, ministro Edson Fachin, foi voto vencido na Segunda Turma, da qual Gilmar faz parte.

 


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