Governo tem pressa para votar reforma da Previdência

A pressa do governo tem a ver com a pressão sofrida pelo relator por parte de diferentes categorias do funcionalismo público. Relatório pode ser votado hoje

Iracema Amaral
Deputado Arthur Maia está sendo pressionado por diferentes categorias do funcionalismo público - Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O relator da comissão especial da reforma da Previdência, deputado Arthur Maia (PPS/BA), está sendo pressionado por diferentes categorias do funcionalismo para fazer mudanças no texto que alteram as regras para a aposentadoria.

Diante desse quadro, o presidente Michel Temer está pedindo para que seus aliados votem logo o relatório de Maia. Após a votação na comissão, a matéria seguirá para ser votado em plenário e, se aprovado, será encaminhado ao Senado.

Se o Senado aprovar o texto como ele for aprovado pela Câmara, o texto será promulgado pelas Mesas da Câmara e do Senado. Caso ocorra alteração na proposta, volta para a Câmara para ser votada novamente.

Inicialmente, o relator defendia aposentadoria com idade mínima de 65 anos para homens e mulheres, da iniciativa privada e também para o poder público. Já reduziu o patamar das mulheres para 62 anos. Também abriu algumas exceções, diferenciando a Polícia Federal, cuja idade mínima para requerer a aposentadoria ficaria em 55 anos.

Os policiais legislativos federais pressionam para alcançar o mesmo benefício. Os policiais legislativos federais fazem a segurança das dependências da Câmara dos Deputados e do Senado, além da escolta dos presidentes das duas casas legislativas. Hoje, são cerca de 500 policiais legislativos na ativa e que serão afetados pelas mudanças.

Reunião


Oficialmente, não há reunião agendada para a comissão especial da reforma da Previdência para esta quarta-feira.
No site da Cãmara não consta reunião da comissão para esta quarta-feira

Entretanto, extraoficialemnte, o encontro poderá acontecer na manhã esta quarta-feira, às 9h30, se prevalecer a avaliação de aliados do governo federal que o texto começa a ser desfigurado diante das pressões de diferentes categorias do funcionalismo público.

Nessa terça-feira (2), agentes penitenciários invadiram o Ministério da Justiça em protesto contra a reforma da Previdência.

Também nessa terça-feira, servidores públicos de diversas categorias e representantes dos aeronautas fizeram um corpo a corpo durante a sessão do comissa especial da reforma da previdência. Eles reivindicaram muadnças em benefício desses trabalhadores..