Ao entregar à Procuradoria Geral da República (PGR) uma lista de favores pessoais que bancava para a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), a empresária Mônica Moura, mulher do marqueteiro João Santana, contou que o casal custeou despesas com cabeleireiro e camareira particulares para a petista.
Um deles que o requisitado cabeleireiro Celso Kamura, que recebeu R$ 50 mil para cuidar dos cabelos da petista entre 2010 e 2014. Já uma cabeleireira/camareira recebia R$ 4 mil mensais para cuidar do cabelo e maquiagem da presidente no dia a dia.
O dinheiro para pagar os profissionais teria vindo de caixa dois. De acordo com a delatora, Celso Kamura começou a prestar serviços a Dilma ainda durante a campanha presidencial de 2010, quando “recebia de forma legal, com nota oficial”.
“Entretanto, depois da campanha, já presidente, Dilma Rousseff usava seus serviços, para eventos importantes, e o Palácio não poderia arcar com um valor tão alto para o cabeleireiro, não tinha rubrica e nem tempo para superar a burocracia”, afirmou Mônica Moura em sua delação. A diária do cabeleireiro era de R$ 1,5 mil.
Como provas do favor à ex-presidente, Mônica Moura entregou aos investigadores bilhetes aéreos emitidos em nome do cabeleireiro que partiam de São Paulo e Rio de Janeiro para a Brasília.