"A gente aceitava para agradar. Não tinha nenhuma utilidade. Ela (Marta) disse que eu não me preocupasse com o custo, que seria compensado com verba extra-oficial", afirmou o marqueteiro em sua delação premiada. A contratação ocorreu em 2008 e foi acertada logo nos primeiros encontros entre Marta e Santana para tratar da campanha à reeleição de Marta para a prefeitura de São Paulo. Na época ela estava no PT.
De acordo com Santana, Favre não prestou nenhum tipo de serviço para a Polis e permaneceu na empresa mesmo depois de encerrada a campanha. O delator afirma que, questionada sobre isso, Marta teria dito: "Não se preocupe. Pelo currículo internacional dele, pode dizer que ele dá consultoria para suas empresas no Exterior".
Tanto Santana como sua mulher, a empresária Mônica Moura, afirmam que Marta sabia que os recursos para pagar o salário de seu marido na época vinham de caixa 2.
(Lígia Formenti).