"Não detectamos irregularidades nessa transação. Vimos que ela foi feita em dezembro do ano passado e não vamos entrar como um novo pedido de prisão contra ela por esse motivo", disse o procurador em entrevista coletiva no Ministério Público Federal (MPF).
A defesa de Adriana justificou à Justiça que os resgates feitos em aplicação de previdência privada em benefício de um de seus filhos ocorreram antes "à concreta efetivação" da ordem de bloqueio nas suas contas. Também negam que ela tenha feito a movimentação após ser presa.
Em documento entregue à 7.ª Vara Federal Criminal do Rio, os advogados dizem que o bloqueio foi determinado no dia 6 de fevereiro, mas o cumprimento da ordem ocorreu no dia 9 do mesmo mês. O resgate de R$ 1,21 milhão foi creditado na conta de Adriana no dia seguinte à determinação do bloqueio. No entanto, os advogados alegam que a baixa pelo gerente deve se dar com cinco dias de antecedência. Ou seja, teria sido anterior ao bloqueio.
Os advogados dizem que o segundo resgate foi programado no mesmo momento da primeira ordem.
"O valor da segunda baixa (R$ 1,21 milhão) sequer chegou a ser utilizado, uma vez que o bloqueio efetivado em 9 de fevereiro acabou por incidir sobre a conta corrente de Adriana Ancelmo", dizem na petição.
No depoimento, Adriana disse que o dinheiro foi usado para pagamentos de honorários advocatícios dos profissionais que a defendem, além de dívidas com funcionários e outras despesas pessoas.
Adriana é ré por corrupção e lavagem de dinheiro do esquema de corrupção que seria liderado pelo seu marido, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB).
.