O prefeito Alexandre Kalil (PHS) contestou, na manhã desta quarta-feira, a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que decidiu manter a rejeição de suas contas de campanha e chamou de “invenção” a acusação que pesa contra ele. Segundo a Justiça Eleitoral, não foi possível comprovar a origem de R$ 2,2 milhões usados na eleição do prefeito.
“Inventaram isso aí e eu respeito a decisão. Só que quero informar para toda a população de BH que a venda fictícia foi entregue e, inclusive, já recebemos mais uma parcela da venda fictícia”, afirmou.
O prefeito disse que vai recorrer da decisão do TRE. “Nada me abala porque eu nunca tinha feito nada com dinheiro público na minha vida, nunca pus a mão em dinheiro público”, afirmou.
Kalil disse, mais uma vez, que o dinheiro veio da venda de um apartamento para os seus filhos e que não vê problema em uma operação feita com um bem privado. “Venda fictícia de imóvel não é dinheiro de caixa dois, é um imóvel que existe, que nós desocupamos e entregamos”, afirmou
Segundo a denúncia ao TRE, os R$ 2,2 milhões declarados como recursos próprios pelo então candidato não tiveram origem comprovada. A Justiça Eleitoral decidiu manter a determinação de recolhimento do valor ao Tesouro Nacional no prazo de cinco dias. A juíza Cláudia Coimbra argumentou que existem “inconsistências de informações nos instrumentos particulares de compra e venda de imóveis”.
O voto da relatora pela rejeição das contas foi seguido pelos outros cinco juízes da Corte Eleitoral. “É uma coisa muito engraçada e todos os desembargadores que votaram sabiam que o apartamento já estava desocupado e entregue, essa que é a venda fictícia”, reforçou Kalil.