O senador Aécio Neves (PSDB) também foi implicado na delação feita pelos donos da JBS Joesley Batista e o irmão, Wesley, segundo informações do site do jornal O Globo, divulgadas na noite desta quarta-feira. O tucano teria sido gravado pedindo R$ 2 milhões ao empresário.
O presidente Michel Temer também foi gravado dando apoio para o pagamento de mesada ao deputado cassado Eduardo Cunha para ficar calado.
Ainda de acordo com informações divulgadas pelo site do jornal, o dinheiro teria sido entregue a um primo de Aécio e o ato gravado pela Polícia Federal. Além disso, as notas, usadas para o pagamento da propina, teriam sido rastreadas. O valor teria sido depositado na conta do senador Zezé Perrella (PMDB).
De acordo com o jornal, pela primeira vez foram feitas “ações controladas”. Foram sete ao todo, que resultaram em gravações e flagrantes. A investigação chegou a marcar as cédulas usadas para pagamento das propinas e chip nas malas.
Na quarta-feira da semana passada, segundo o jornal, foram feitos os depoimentos ao ministro-relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin. No mês passado, os donos da JBS já haviam feito depoimentos ao Procurador-Geral da República.
Joesley ainda teria revelado o pagamento de cerca de R$ 5 milhões para Eduardo Cunha, mesmo depois de ele ser preso, como saldo de propina anteriores. Joesley ainda declarou que devia R$ 20 milhões a Cunha pela tramitação da lei sobre desoneração para o setor do frango.
O ex-ministro Guido Mantega foi apontado pelo dono da JBS como o contato dele com o PT. Ele seria o elo com o partido para o pagamento dos valores irregulares e distribuídos para integrantes do partido.