PSOL e Rede pedem cassação de Aécio e Perrella

Aécio foi oficialmente afastado do cargo pelo Senado, logo após decisão do STF. O afastamento de Perrella não foi pedido pelo Supremo.

Alessandra Mello
PSOL e Rede protocolam às 14h30 no Conselho de Ética do Senado um pedido de cassação dos dois senadores mineiros, Aécio Neves (PSDB), afastado do cargo hoje cedo por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), e Zezé Perrella (PDT).
A representação foi motivada pelas revelações da delação do dono do frigorífico da JBS, Joesley Batista, que entregou à Polícia Federal áudio em que o senador Aécio pede R$ 2 milhões de propina.

O dinheiro teria sido entregue a um emissário O delator aponta ainda que a propina teria sido repassada ao primo de Aécio Neves, Frederico Pacheco, preso hoje pela Operação Lava-Jato. A cena foi filmada pela Polícia Federal, que rastreou o dinheiro e descobriu que ele foi depositado em uma conta de uma empresa de Perrella. PSOL e Rede foram os responsáveis pelo pedido de cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) pediu que a população se mobilize até a queda do governo de Michel Temer (PMDB). Segundo ele, o poder no Brasil está vago. “O povo não pode sair das ruas enquanto estiver perdurando o governo do senhor Michel Temer.
O poder no Brasil está vago”, afirmou.

Aécio já foi afastado oficialmente, na manhã de hoje, logo após decisão do ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), segundo informou a direção do Senado. Em delação premiada à Procuradoria-Geral da República, o empresário Joesley Batista, dono do frigorífico JBS, entregou uma gravação de 30 minutos na qual Aécio, presidente nacional do PSDB, pede ao empresário R$ 2 milhões para pagar a defesa dele na Lava-Jato. A delação foi homologada pelo ministro Fachin.

O suplente de Aécio é o ex-deputado estadual Elmiro Nascimento (DEM).

 

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