Ângelo Goulart é suspeito de negociar propina para vazar informações de investigações sobre a JBS. De acordo com a delação do acionista do grupo, Joesley Batista, o esquema envolveria o pagamento de R$ 50 mil mensais ao procurador, que atuava na força-tarefa da operação Greenfield, que apura crimes ligados à JBS.
Dino apontou, em nota, "indignação" com o envolvimento de Goulart em atividades ilícitas. Além da prisão, a Polícia Federal realizou busca e apreensão na estação de trabalho do procurador, no TSE, onde fica sediada a Procuradoria-Geral Eleitoral. A medida foi acompanhada nesta manhã por Dino e pela subprocuradora-geral da República Cláudia Sampaio Marques.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, assinou nesta quinta-feira exoneração de Ângelo Goulart da função eleitoral e revogou a designação do procurador para atuar na Força-Tarefa da Greenfield. Janot afirmou em nota a seus pares que a prisão do procurador da República "tem gosto amargo" para a instituição.
Dino é um dos candidatos à sucessão de Janot, que deixará o cargo em setembro. Ele tem o apoio nos bastidores do atual procurador-geral da República.
(Beatriz Bulla).