Para os tucanos, era uma questão de tempo para que o neto de Tancredo Neves chegasse ao Palácio do Planalto. O governo federal seria o ponto máximo de uma carreira marcada pelo pragmatismo político e habilidade nas articulações de bastidor.
Em 1987, aos 27 anos, conquistou o primeiro mandato de deputado federal graças ao clamor popular da morte do avô. Após presidir a Câmara dos Deputados em 2001, cargo que conquistou sem o apoio do então presidente Fernando Henrique Cardoso, e ser eleito governador de Minas Gerais em uma campanha onde se manteve próximo ao petista Luiz Inácio Lula da Silva, Aécio foi reeleito e concluiu o segundo mandato no Estado com os olhos voltados para o cenário nacional.
Como não conseguiu se viabilizar em 2010, foi para o Senado e construiu lá o caminho para 2014. Boa parte de seu mandato foi dedicada a se consolidar internamente e desbancar os adversários José Serra e Geraldo Alckmin.
Em junho de 2013, eleito presidente do partido, Aécio já estava viajando o Brasil em ritmo de campanha. Em pouco tempo tornou-se uma unanimidade no partido e montou uma estrutura profissional nunca antes vista na história tucana.
Com a morte de Eduardo Campos e escolha de Marina Silva como candidata do PSB, a campanha de Aécio virou coadjuvante. Poupado pelos marqueteiros de Dilma, que focaram a estratégia em implodir Marina, Aécio chegou ao segundo turno. Na oposição, adotou o figurino incendiário e atuou no processo de impeachment da adversária.
Com a queda da petista, patrocinou politicamente o embarque do PSDB na gestão Michel Temer.