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Estado de Minas

Procurador-geral da República diz que Cunha e Funaro continuam cometendo crimes, mesmo presos

Dono do grupo JBS disse que teria pago pelo silêncio do ex-presidente da Câmara e o do doleiro


postado em 19/05/2017 15:13

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, avaliou que Eduardo Cunha (PMDB), deputado federal cassado e ex-presidente da Câmara, e o doleiro Lúcio Funaro continuaram cometendo crimes mesmo presos na Lava Jato. É o que consta na decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin que determinou a abertura de inquérito para investigar o presidente Michel Temer, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). O parlamentar mineiro e o paranaense foram afastados dos cargos por decisão de Fachin.

Segundo Janto, elementos colhidos pelos investigadores e as gravações feitas pelo empresário e delator Joesley Batista, sócio do grupo JBS, mostram que “pagamento de propinas ao ex-deputado federal Eduardo Cunha e ao doleiro Lúcio Funaro, mesmo depois dos mesmos estarem presos, tem, se não como motivação única, mas certamente principal, garantir o silêncio deles ou, ao menos, a combinação de versões”.

O procurador-geral destaca que os investigados praticaram atos “com o intuito de impedir ou, de qualquer forma, embaraçar a investigação dos crimes praticados".

Numa das transcrições das gravações feitas pelo dono da JBS, o próprio empresário conta ao deputado paranaense que estaria pagando propina a Cunha e a Funaro para que ambos continuem calados na prisão e firmem acordo para delação premiada.


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