“Brasil! Mostra a tua cara, quero ver quem paga pra gente ficar assim”, cantava Cazuza no ano de 1988, enquanto era instaurada no país uma nova ordem constitucional - a mais democrática e avançada, historicamente. Os trechos da música podem facilmente ser aplicados à análise da atual situação da política brasileira, neste momento em que a Justiça é questionada e a forte crise política se agrava.
Vale lembrar que, naquela época, o rock nacional tinha voz na política e incomodava muita gente. A capa do Estado de Minas deste sábado bebe da fonte questionadora dos anos 1980 e ainda interroga: "Qual é o teu negócio? O nome do teu sócio?", em alusão ao delator premiado Joesley Batista, da JBS.
Resultado: milhares de compartilhamentos nas redes sociais, se tornando um dos grandes virais do dia. Até as 13h deste domingo, a imagem da primeira página do jornal tinha mais de 6 mil compartilhamentos no Facebook e cerca de 2 mil retweets, integrando, inclusive, a categoria "Moments'' do Twitter, que agrupa os assuntos mais discutidos do momento.
Várias personalidades comentaram a publicação em seus perfis nas web, como o cantor Rogério Flausino, do Jota Quest e, a jornalista apresentadotra da GloboNews, Maria Beltrão. Porfissionais da imprensa de Minas Gerais, como os jornalistas Bruno Azevedo e Enio Lima, da Rádio Itatiaia, também republicaram a capa de hoje. Veja:
Entre os comentários dos leitores, muitos elogiaram a publicação. Giselle Antoniazzi disse: "Arrasaram com a capa, Estado de Minas! O que era novela, hoje é uma triste realidade! Vivi pra ver isto!". Sílvio Durango elegeu a capa como "a melhor capa dos últimos anos". E a Maria Regina Muniz concordou: "Pois é, apareceu o nome do sócio!". Leia outros comentários aqui.
Inspiração
Não é a primeira vez que o Estado de Minas usa o rock nacional da década de 80 para explicitar a conjuntura política do Brasil. Em novembro de 2015, o EM trouxe uma capa que indagou: "Que país é este?", em referência à música homônima do Legião Urbana. Naquele momento, a explosão vinha da mineradora Samarco, responsável pela barragem que se rompeu e destruiu o Rio Doce, e da prisão do ex-senador Delcídio do Amaral, acusado de obstruir investigações da Lava-Jato.
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