A expectativa é que o presidente reforce a própria defesa e ressalte as afirmações de que a fita entregue pelo delator Joesley Batista teria sofrido ao menos 50 edições e cortes. Temer tem dito que é alvo de uma conspiração e ontem recebeu o apoio ministro da Defesa, Raul Jungmann, e dos comandantes militares.
Os militares, inclusive, destacaram que a saída para essa crise deve ser constitucional, numa resposta clara aqueles grupos minoritários que defendem uma intervenção militar. Também hoje a tarde o Conselho da Ordem dos Advogados do Brasil vai se reunir para definir a posição da entidade nessa crise lembrando que no ano passado a Ordem defendeu o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Na última quinta-feira (18/5), o presidente anunciou que não pretende renunciar ao cargo de chefe de executivo do Brasil. "Não renunciarei. Repito: não renunciarei. Sei o que fiz. Exijo apuração de todos os fatos", afirmou.
A desistência de Temer foi cogitada desde a divulgação de parte da delação do empresário Joesley Batista, um dos donos do grupo JBS, que disse ter gravado Temer apoiando a estratégia de pagar Eduardo Cunha para não fazer delação.
Em cinco minutos de pronunciamento, Temer ainda confirmou que se reuniu em março deste ano com Joesley e que ouviu ele relatar que estava ajudando a família do deputado cassado Eduardo Cunha, mas negou que tenha autorizado, em qualquer momento, o repasse de propina para a suposta compra do silêncio de Cunha na cadeia.
.