A manifestação foi marcada no contexto da crise política que levou o Supremo Tribunal Federal (STF) a investigar o presidente Michel Temer por suspeita de crimes de corrupção passiva, organização criminosa e obstrução da Justiça.
Grupos que atuaram pelo impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff, como Movimento Brasil Livre (MBL) e Vem Pra Rua, também chegaram a marcar protestos para o mesmo dia e horário, mas recuaram alegando preocupações com a segurança.
"Estamos esperando uma grande mobilização no País. O governo, que já era ilegítimo, perdeu sua sustentação política e deve cair. Vamos deixar claro que não admitimos outra solução que não seja as eleições diretas", disse Guilherme Boulos, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que integra a frente.
Em algumas cidades, as manifestações de hoje estão marcadas para começar de manhã.
Em Belo Horizonte, o ato está previsto para as 9 horas; já em Porto Alegre e Goiânia, o protesto começa uma hora mais tarde. Em São Paulo, a manifestação no vão Livre do Masp deve ter início às 15 horas. A organização decidiu que não haverá caminhada em direção ao centro ou qualquer outra região da cidade.
"A ideia é mostrar que o povo exige diretas já. Um Congresso como o que temos hoje não pode escolher o próximo presidente. A saída da crise está na realização das eleições ainda este ano, o mais rápido possível", disse o presidente da CUT em São Paulo, Douglas Izzo. "Vamos marcar posição contra as reformas", acrescenta.
Além da CUT e dos movimentos sociais (como MTST, MST e outros), a manifestação conta com adesão da Força Sindical. A central, que já esteve muito ligada ao governo, quer marcar sua posição contra a reforma trabalhista e por uma "saída democrática" para a crise política.
Pelo Twitter, João Carlos, o Juruna, secretário-geral da Força, escreveu: "A Força Sindical decidiu participar das manifestações de domingo e fortalecer o 'nenhum direito a menos' e garantir uma saída democrática".
(Gilberto Amendola e Valmar Hupsel Filho).