A Associated Press destacou que os pedidos pela renúncia ou impeachment de Temer "ganharam voz", com a informação de que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) decidiu protocolar na Câmara pedido de impeachment.
A agência de notícias ainda disse que o presidente está "cercado" desde o momento em que foram divulgadas as primeiras informações de que teria concordado, em gravação, com o pagamento de subornos ao ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.
Já a britânica BBC fez uma análise em que aponta que Temer "está ganhando tempo" ao pedir para que o STF suspenda as investigações até que o áudio da conversa com Joesley Batista, da gigante de carnes JBS, seja verificado. "A decisão do juiz Edson Fachin de pedir a verificação do áudio pode dar à Temer algum espaço para respirar", destaca.
No entanto, a mídia do Reino Unido alerta que a crise está se desenvolvendo "rapidamente", com o primeiro partido da coalizão já tendo decidido deixar o governo no sábado, e que outros membros da coalizão analisam se é o momento de "abandonar o barco".
"Enquanto o presidente luta para permanecer em seu mandato, as elites política e econômica já discutem o dia de amanhã - e os possíveis cenários", afirma a BCC.
O jornal argentino Clarín destacou que o principal partido aliado de Michel Temer, o PSDB, deve realizar uma reunião de emergência hoje para discutir se sai ou não do governo e que a decisão pode definir a continuidade do mandato de Temer.
"Se o partido decidir abandonar a aliança e retirar seus ministros do governo, Temer ficará praticamente sem sustentação, no ar. Nesse caso, não lhe restariam chances de continuar na presidência do Brasil", segundo o Clarín.
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(Gabriela Korman).